sexta-feira, 16 de julho de 2010




Me feri. (...) e quem nunca viu seu próprio sangue escorrer
Por entre os dedos, sem nada poder fazer?

Tudo perde o sentido quando se está de mãos atadas e vê o desespero face a face.

Mas descobri que não tenho medo da morte, por mais assombrosa que ela se mostre. Sou frágil, mas não temeroso quanto a isso. Percebi que meu maior medo é partir. Partir sem avisar, sem ouvir um "vá com Deus", sem um abraço, sem dizer "eu estou indo, e queria muito que você soubesse que sempre foi muito importante pra mim" - embora quase nunca ou nunca ter dito isso.

Medo de morrer com todo esse afeto que guardo comigo de modo tão egoísta, escondido, calado, silente, estagnado: morrer com amor coagulado.
(Lucas Magalhães)

2 comentários:

  1. Espero que tenhamos tempo... porque coragem, ainda não...

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  2. Deus nos fará um caminho,
    Ele tem sempre um plano especial.

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